sábado, 20 de junho de 2009

Tara Perdida


Tara Perdida nasce fruto da junção de dois projectos: de um lado Ribas, que após o fim dos Censurados vinha com vontade de criar uma nova banda de punk hardcore e contava para isso com o apoio de Cró, e do outro, Ruka e Orélio procuravam baixista e vocalista para banda do mesmo género. Já com algumas ideias marcadas e alguns temas compostos por parte de Ruka e Ribas, a banda começa a ensaiar no dia 10 de Junho de 1995, conseguindo dar o seu primeiro concerto no dia 17 de Novembro desse mesmo ano, sendo a formação Ribas (Guitarra e Vocais), Ruka (guitarra), Cró (Baixo) e Orélio (Bateria).

Seguiram-se mais alguns concertos e em Fevereiro de 1996, já com 14 temas compostos, assinam pela editora independente Música Alternativa. As gravações começam em Abril de 96, dando-se a primeira mudança na formação durante as mesmas, saindo Cró e entrando para o seu lugar o actual baixista, Jimmix. Nesse mesmo ano, e enquanto se davam os retoques finais no disco, a banda aproveitou o verão para dar alguns concertos, sendo de salientar as prestações dadas no palco Blitz do festival Vilar de Mouros e no Festival Super Rock 96 em Faro, onde abriram para Ratos de Porão e The Exploited. Finalmente em Novembro, Sai o álbum Música Alternativa, tendo tido, em geral, uma boa aceitação por parte do público.

Actualmente, alguns dos singles deste cd continuam a ter grande sucesso, nomeadamente as músicas Zombie, Até m'embebedar e Batata-frita Pala-Pala.

No ano de 1997 a banda parte em digressão pelo país, tendo mesmo tido a oportunidade de abrir para várias bandas bastante populares da cena punk rock hardcore, de onde se salientam NOFX e Soziedad Alkoholika, novamente em Faro no Festival Super Rock 97. No verão desse ano, a banda começa a trabalhar no seu segundo álbum, tendo este sido gravado entre Maio e Junho de 1998. É nesse mesmo período que a banda tem a oportunidade de abrir The Offspring nos coliseus de Lisboa e Porto. Só Não Vê Quem Não Quer, o segundo álbum de originais dos Tara, lançado em Outubro de 98, sendo o resto do ano e o ano seguinte aproveitado para dar concertos, destacando-se a única ida ao estrangeiro, com uma actuação no festival C'Rock Note em França.

Em Novembro de 1999 a banda adquire um novo elemento. Entra Ganso para a guitarra. O Ganso, ele próprio vocalista/guitarrista na sua banda anterior, os MURF, traz para aos TP, a sua veia de compositor de forte orientação harmónica e melódica, e ao mesmo tempo que deixa Ribas mais livre para demonstrar a sua faceta de monstro de palco.

Os anos de 2000 e 2001, embora com alguns concertos, foram passados a criar novos temas e a procurar um sítio fixo para ensaiar, que eventualmente acaba por surgir o que permite à banda trabalhar ainda mais e melhor.

Em Março de 2001, Orélio deixa a banda, sendo substituído por Kistos, um baterista bastante versátil que juntamente com os atributos já referidos do novo guitarrista, permitiu definitivamente à banda atingir outras sonoridades. Com esta formação, Ribas (voz), Ruka e Ganso (guitarras), Jimmix (baixo) e Kistos (bateria), os Tara gravam, em Maio desse ano, uma demo que serviu não só para testar o impacto sonoro das novas músicas, como também para observar e melhorar a coesão musical do grupo.

No final de 2001, após terem renovado o contrato com a Música Alternativa, a banda dá início ao plano de gravação do seu terceiro álbum. As gravações ocorrem em Fevereiro e Março de 2002 nos estúdios MB no Porto e BEBOP em Lisboa, tendo como produtor Cajó.

O álbum com o nome É Assim... é lançado em Junho de 2002, abre novos horizontes e oportunidades, e angaria novos ouvintes. O tema "Nasci Hoje" consegue mesmo entrar para as playlists de algumas rádios, tornando-se o tema mais divulgado da banda.

2003 foi um ano dedicado quase exclusivamente a concertos, sendo sem dúvida o ano em que a banda mais actuou.

O ano de 2004 ficou marcado pelo lançamento de uma música nova, com o título "Não Vou Mentir" na colectânea Rock n' Riots e por alguns concertos pelo país fora. No final deste mesmo ano, Kistos resolve deixar os Tara para se dedicar a tempo inteiro a outro projecto (Clockwise) e substituído por Rodrigo, também conhecido por Yogourt. Com esta nova formação os Tara gravam em Novembro uma demo de pré-produção com os temas que iriam fazer parte do seu quarto álbum, que entra em gravações definitivas em meados de Janeiro de 2005 nos estúdios MB e Bepop, mais uma vez com a produção de Cajó.

O album, intitulado Lambe-Botas, é lançado em Abril em três concertos de arromba, primeiro no Porto, depois Lisboa e finalmente em Faro. Este álbum traz uma boa simbiose entre o carácter mais directo e espontâneo dos dois primeiros discos e a sofisticação do terceiro, que resulta em mais um "melhor álbum da banda", confirmando que esta é uma banda que não estagna e evolui sempre, o que augura o melhor para o futuro.

Em 2008 lançam mais um álbum, Nada a Esconder.

Referências em B.M.,E.L.

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