terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Rui Maia


Rui Maia ex-teclista dos X-Wife.
A solo, como produtor, Maia não vai tanto a esses campos
rock/ punk . Pega nos ensinamentos de Giorgio Moroder (que homenageia em “Moroder, I Believe in You”) e faz paisagens geralmente instrumentais de disco- -sound a partir de sintetizadores. Convida amigos para cantar e, num dos casos, com um vocalista americano, em “Business of Pleasure”, dá, sem guitarras, dez a zero à sua própria banda com uma poderosa linha de baixo muito punk-funk. Não deixa de ser genérico, mas era uma vez um EP chamado Mirror People que era bastante simpático.

Refs.:M.S.,B.M.,B.M.P.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Bernardo Moreira


Bernardo Moreira nasceu em Lisboa em 1965. Começou a tocar contrabaixo com 16 anos. Frequentou a Academia de Amadores de Música onde iniciou o estudo de Contrabaixo clássico com Fernando Flores. Na área do Jazz estudou com Niels Pederson, Rufus Reid e Reggie Workman.

Desde 1988 tem tocado em festivais internacionais de Jazz e em clubes com músicos como Eddie Henderson, Norman Simmons, Al Grey, John Stubblefield, Carl Burnett, Frank Lacy e Jimmy Ponder. Em 1991 tocou no Festival de Jazz Internacional de Lisboa com Daniel Humair e o trombonista Yves Robert. Tocou em Madrid com Valery Ponomarev.

Com o seu grupo Moreiras Jazztet tocou em Espanha, França, Angola, Moçambique, Açores e Madeira assim como por todo o País. Em 1992 realizou uma digressão na Bélgica e no Luxemburgo com o pianista Mário Laginha e outra em Inglaterra com os músicos ingleses Julian e Steve Arguelles. Participou numa homenagem a Art Blakey com Benny Golson, Curtis Fuller e Eddie Henderson. Em 1993 tocou em Cabo Verde com Mário Laginha e realizou uma digressão nos E.U.A. com o seu grupo Moreiras Jazztet, participando no Festival de Jazz Internacional de Durham na Carolina do Norte. No Verão desse ano, trabalhou com a cantora inglesa Norma Winstone e acompanhou o trombonista Conrad Herwig no Festival Internacional de Guimarães. Realizou ainda uma série de concertos com Freddie Hubbard com quem gravou ainda um CD do grupo Moreiras Jazztet. Já em 1994 acompanhou em Madrid o trompetista Art Farmer e tocou ainda no clube londrino Vortex. Em 1995 participou numa série de concertos com a cantora Maria Pia de Vito, em Espanha e Itália, e ainda com o saxofonista Ricky Ford, em Espanha.

É professor da classe de contrabaixo na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal. Entre 1996 e 1997 participa no Festival de Jazz de Serralves, com o Quarteto de Enrico Rava; no Festival de Jazz da Gulbenkian, com a Big Band do Hot Club e a cantora Maria João e no Jazz Num Dia de Verão, com o Moreiras Quinteto. Efectuou vários concertos no País com Rich Perry, Jimmy Owens, Bruce Barth e Phil Markowitz. Os anos de 1998 e 1999 são particularmente movimentados com concertos na Dinamarca, Espanha, Itália, Bulgária, Angola, Alemanha, Costa do Marfim e Açores tocando com Moreiras Quinteto, Phil Markowitz, Ana Paula Oliveira e Bruce Barth. Na Culturgest, participou na homenagem a George Gershwin com Moreiras Septeto interpretando Porgy and Bess. No Festival de Jazz de Guimarães integrou a All Star Big Band dirigida por Michael Gibbs com músicos como Perico Sambeat, Mário Laginha, João Moreira, Nguyen Lê, Martin France e Julian Arguelles. No Jazz em Agosto de 99 na Acarte, com a Big Band do Hot Club participou numa homenagem a Duke Ellington ao lado do convidado Mark Turner. Realizou tournées com Benny Golson e Big Band do Hot Club Portugal, para além de ter apresentado o seu novo projecto musical «Homenagem a Carlos Paredes» no Festival de Jazz de Coimbra em Novembro do ano 2000. Ainda nesse ano participou na apresentação da suíte Viagens integrando o septeto de Pedro Moreira no Festival de Jazz de Guimarães e na Culturgest em Lisboa.

Em pleno séc. XXI, Bernardo Moreira tem-se afirmado cada vez mais como uma das forças maiores do jazz português, quer como líder (Sexteto Bernardo Moreira), como co-líder (o seu recente projecto com Paula Oliveira), ou como sideman, tendo-se apresentado ao vivo e/ou gravado, entre outros, com André Fernandes, Nuno Ferreira, Mário Laginha, Filipe Melo, Bruno Santos, Joana Machado, Pedro Moreira, Wayne Shorter (com Mário Laginha, Mário Barreiros e José Salgueiro e Orquestra Clássica do Porto dirigida por Robert Sadin), Kenny Wheeler (em big band, bem como em pequena formação com Julian Arguelles, Norma Winstone e Martin France), Bob Mintzer Big Band, Paulo Gomes e Fátima Serro.

Na sua discografia contam-se: Moreiras Jazztet com Freddie Hubbard, Luandando (Groove Jazz) - Eddie Henderso, Encontro em Lisboa (Groove Jazz), Bernardo Moreira Trio com Steve Slagle, Tudo Muda (Groove Jazz); Maria Viana, Just Friends (Timeless Records); Big Band Hot Club Portugal, Com Benny Golson, Curtis Fuller e Eddie Henderson (Polygram); Conrad Herwing + Trio de Bernardo Sassetti, Ao vivo no Festival de Jazz de Guimarães (Groove Jazz); Nanã Sousa Dias, Tom Maior (Groove Jazz); Quarteto de Mário Laginha, Hoje (Farol); Trio de Carlo Morena com Rick Margitza, The Next Music (Groove Jazz); Paulo Gomes e Fátima Serro, Conferência dos Sons (Up Beat); Bernardo Moreira Sexteto, Ao Paredes Confesso (Universal); André Fernandes, O Osso (TOAP); André Fernandes, Howler (TOAP); Joana Rios, Canta Ella Fitzgerald ao vivo no Hot Clube (TOAP); Filipe Melo Trio, Debut (Clean Feed); Paula Oliveira & Bernardo Moreira, Lisboa Que Adormece (Universal); Nuno Ferreira, À Espera do Verão (TOAP); -Marta Hugon, Tender Trap (Som Livre); Joana Machado, CRUde (TOAP).

Refs.:Y.B.M.,E.L.

Sexteto Mário Barreiros


O Sexteto Mário Barreiros edita, a 5 de Fevereiro de 2007, o álbum de estreia, DEDADAS. Resultado de cinco anos de encontros informais entre amigos e músicos profissionais, o primeiro registo deste sexteto de Jazz marca uma nova fase no percurso de Mário Barreiros (bateria), Mário Santos (saxofone tenor e clarinete baixo), José Luís Rego (saxofones soprano e alto e clarinete), José Pedro Coelho (saxofone soprano e tenor), Pedro Guedes (piano) e Pedro Barreiros (contrabaixo).

Desde a sua formação, em 1994, com alguns dos músicos da Escola de Jazz do Porto, o Sexteto Mário Barreiros tem vindo a afirmar-se na cena Jazz nacional marcando presença em festivais do género. Dada a actividade profissional de Mário Barreiros, conceituado produtor e o mais requisitado a nível nacional, o primeiro registo do projecto só agora viu a luz do dia. Dividido entre o trabalho no estúdio e os muitos convites para acompanhar os mais diversos projectos, o baterista resolveu, em 2006, dedicar mais atenção ao sexteto com o intuito de editar um álbum.

DEDADAS é composto por sete temas originais da autoria de Mário Barreiros, Pedro Guedes e Mário Santos. Poincianas, Juvenal, FJP#2, Semelhança, ¾ (Três Quartos), Dedadas e Libertação Interior são as composições que preenchem DEDADAS e que o Sexteto Mário Barreiros pretende apresentar ao vivo por todo o Pais. O concerto de apresentação deste registo está marcado para dia 6 de Fevereiro de 2007 na Casa da Música, no Porto.

SEXTETO DE MÁRIO BARREIROS:
Mário Santos - sax tenor e clarinete baixo
José Pedro Coelho - sax tenor e soprano
José Luís Rego - sax alto soprano e clarinete
Pedro Guedes - piano
Pedro Barreiros - contrabaixo
Mário Barreiros - bateria


Refs.,B.M.,Y.,CDGO

Adelaide Ferreira


Recebeu a sua formação em teatro através do CENDREV - Centro Dramático de Évora (1976) ingressando, de seguida, no Grupo 4 do Teatro Aberto, onde trabalha sob a direcção de João Lourenço contracenando com Lia Gama, Rui Mendes, Henriqueta Maia, Irene Cruz, entre outros. Aí participa em espectáculos como Os Macacões e O Caso da Mãozinha Misteriosa, de Ary dos Santos; O Chá dos Generais, de Boris Vian; Crónica Atribulada do Esperançoso Fagundes, de Luís de Sttau Monteiro; Corpo Delito na Sala de Espelhos, de José Cardoso Pires; Andorra, de Marx Fritch de que foi protagonista em 1980.

Grava os singles "Meu Amor (Vamos Conversar os Dois") e "Espero Por Ti" que tiveram a participação de Paulo de Carvalho.

Entretanto trabalha no cinema participando no filme (Kilas o Mau da Fita) de José Fonseca e Costa.

Em 1981 edita o single Baby Suicida que se torna um grande sucesso.

Edita novo single com os temas "Bichos" e "Trânsito".

Edita em 1983 o máxi-single "Não Não Não".

No Festival RTP da canção de 1984 vence o prémio de interpretação com o tema "Quero-Te, Choro-Te, Odeio-Te, Adoro-Te". É convidada para o Festival da OTI, realizado no México, onde fica em 2º lugar com o tema "Vem No Meu Sonho".

Em 1985 vence o Festival RTP da Canção com o tema Penso Em Ti (Eu Sei) (uma balada), representando Portugal no Festival Eurovisão da Canção, onde terminou num decepcionante 18º lugar (penúltimo, à frente apenas da canção da Bélgica, interpretada por Linda Lepomme) e 9 pontos. . Nesse ano estreia-se em televisão na série Duarte & Cia., de Rogério Ceitil (RTP1).

Em 1986 edita o álbum "Entre Um Coco e Um Adeus".

"Amantes Imortais" é o disco de 1989 onde aparece a balada "Dava Tudo".

Em 1995 regressa aos discos com o álbum "O Realizador Está Louco" editado pela Vidisco.

Em 1998, a BMG lança o álbum "Só Baladas" com algumas das baladas antigas mais bonitas e seis inéditas. O primeiro single é uma nova versão de "Papel Principal" com a participação de Dulce Pontes.

Em 2000 é editado o álbum "Sentidos".

Em 2006, Adelaide Ferreira, regressou à música pela mão do produtor Luís Jardim, que com ela assinou Mais Forte que a Paixão , disco gravado entre Lisboa e Londres.

Em 2008, lança o álbum "O Melhor de Adelaide Ferreira", onde junta todos os seus melhores êxitos.



Refs.:Y.,B.M.,E.L.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Telectu


O projecto Telectu foi formado, em 1982, por Jorge Lima Barreto e Vítor Rua, para a II Bienal de Arte de Cerveira. Actuaram no Festival de Vilar de Mouros, com a participação de Toli César Machado (colega de Rua nos GNR) e do vocalista Dr. Puto. O grupo actuou ainda na Festa do Avante! na qual passaram a ser presença assídua.

O seu primeiro álbum, "Ctu Telectu", com edição da Valentim de Carvalho, foi editado em Novembro de 1982. Vítor Rua sai dos GNR e Toli abandona os Telectu.

Em 1983 actuaram na Galeria Quadrum. Editaram também o álbum "Belzebu".

"Off Off", com produção de Tozé Ferreira, é editado em 1984. Actuam em Paris no Centro Georges Pompidou e no Forum des Halles. Participam também na IV Bienal de Cerveira, onde fazem um concerto de homenagem a La Monte Young onde interpretam as "Compositions 1960" do autor.

No início de 1985 é editado "Performance - Eno to La Monte" (gravado na Bienal de Cerveira) e a Caixa-Som-LP "Fundação", uma edição limitada da Gulbenkian. São também editados os discos "Telefone - Life Moscow" e "Rosa-Cruz - Live Gulbenkian".

Após Moscovo, o projecto abriu-se a performances multimédia inspiradas de Beuys, Paik e Vostell. Desde 1985 que desenvolveram, com António Palolo, o projecto "Video Garden" (vídeo, luminotecnia, plantas) para os mais importantes concertos.

Gravam "Halley", um LP dividido em duas faces a solo (sintetizador e guitarra electrónica). Trata-se de um álbum de luxo com texto e serigrafia de António Palolo.

O disco "Data" é editado em 1987. Em 1987 participaram na III Bienal de Barcelona, actuaram em San Jose, na Califórnia, e no I Encontro de Música Improvisada, realizado na Gulbenkian.

Em Agosto de 1988 é editado pela Ama Romanta o duplo-álbum "Camerata Elettronica", produzido por Luís Carlos. Ainda em 1988 participaram na Bienal de Barcelona.

O álbum "Ben Jonhson", editado em 1989, inclui trabalhos de 1985, 1988 e 1989. Em 1989 actuam em Massachussets, no New York Knitting factory, na Universidade de Washington, no Festival de Jazz de Macau e no I Encontro da Nova Música Portuguesa (Gulbenkian).

Em Janeiro de 1990, os Telectu e Nuno Rebelo juntaram-se no Rock Rendez Vous num dos últimos espectáculos desse espaço. É editado o álbum "Live at Knitting Factory, N.Y." (edição da Mundo da Canção) e a editora Tragic Figures lança "Digital Buiça" (edição limitada de 500 exemplares) que incluí as peças "Hotel Lisboa" e "Laribau". A capa é um poema visual de E.M. de Melo e Castro. O grupo actua com Elliott Sharp no Centro de Arte Moderna (Lisboa) e com Saheb Sarbib no I Festival de Jazz de Lisboa.

A segunda edição da Mundo da Canção foi o álbum "Encounters II/Labirintho 7.8". "Encounters II" foi gravado nos Estados Unidos, em Setembro de 1989, com a participação de Jean Sarbib. A segunda parte foi gravada no Porto, entre Fevereiro e Julho de 1990.

Em 1991, os Telectu participaram nas 1ªs Jornadas Nova Música, que decorreram em Coimbra. Aproveitando uma pausa dos Telectu, Vítor Rua lançou o disco "Vydia" (Potlatch, 1991) e o disco "Mimi Tão Pequena e Tão Suja" dos Pós GNR. "Mimesis" é reeditado em CD pela Potlatch. O disco incluí "Mimesis I" (música ambiental), "Mimesis II" (Sound-Tracks) e "Mimesis III" (minimal).

Em 1992 comemoraram o 10º aniversário dos Telectu com um espectáculo na Bienal de Cerveira. Nesse ano a editora Área Total lançou o disco "Evil Metal" que foi considerado um dos melhores desse ano para o jornal "Público". Actuaram na China (Universidade de Beijing), Hong Kong (Jazz Clube) e Macau (Univ. Oriente).

Gravam o disco "Biombos" nos estúdios da Rádio Pequim/CCTV. O disco inclui também faixas gravadas ao vivo na Casa Garden de Macau e no Hong Kong Jazz Club. "Biombos" foi o primeiro CD de músicos ocidentais gravado, editado e distribuído na China. António Duarte foi o produtor executivo junto da editora estatal chinesa China Recording Corporation.

Em 1993, a AnAnAnA reeditou em CD os álbuns "Belzebu" e "Off Off", numa edição limitada a 500 exemplares, com apresentação de luxo em capa de cortiça. É lançado também "Theremin Tao", compilação de originais do grupo.

"Biombos" foi lançado em 1994. Em Setembro de 1994 actuaram no Johnny Guitar onde contaram com a colaboração de Bernardo Devlin (voz), Sei Miguel (trompete), António Duarte (sequenciadores e programações hip-hop) e o performer Rui Barbosa.

Em 1995 é editado, através da Fábrica de Sons (Movieplay), um CD com gravações ao vivo dos Telectu com Chris Cutler e Jac Berrocal.

Actuaram com Daniel Kientzy nas Festas de Lisboa 96. "À Lagárdère", com a participação do trompetista francês Jac Berrocal, é lançado no início de 1997.

Em 1998 actuaram em seis festivais de música contemporânea, em Granada, em Havana, em Bucareste, em Barcelona, em Pequim e em Perpignan.

No início de 1999 é editado pela AnAnAnA o álbum "Jazz Off Multimedia", gravado ao vivo no Guimarães Jazz de 95 e que contou com a participação de Louis Sclavis e Jac Berrocal. Ainda em 1999 participaram no Festival de Novas Músicas da Guarda e apresentaram "Drulovic Remix" no Instituto Franco Português.

O CD duplo "Elektrobissau", com criações autónomas para guitarra e sintetizador, é gravado em 1999 para a Strauss mas o lançamento é adiado. Em 1999, a Strauss editou o disco "Mimesis (minimal Works)" (lançado originalmente pela Transmédia).

O disco "Solos" é editado em 2000. O disco engloba as obras "Piano Dissonata" de Jorge Lima Barreto e "Gnoseofonia" de Victor Rua. Os Telectu foram também os autores da partitura para a peça "Cymbelino", de Shaskepeare, que esteve em cena na Cornucópia até Julho de 2000.

Em Outubro de 2001, os Telectu celebraram o seu 20º aniversário com duas noites de concerto no auditório de Serralves, no Porto. Os dois músicos (Jorge Lima Barreto e Vítor Rua), actuaram a solo, no dia 20 de Outubro, na primeira parte do concerto de Eddie Prévost, e no dia seguinte actuaram os Telectu e o trio de Eddie Prévost. Em Novembro participaram, em Londres, no festival Atlantic Waves 2001. Em 2001 realizou-se também a instalação Video Garden XVI.

Em 2002 participam no Festival Ó da Guarda e actuaram no Museu Vostell de Malpartida.

O CD "Quartetos" dos Telectu inclui gravações no "Matosinhos em Jazz", em 2001, com Sunny Murray na bateria e Tom Chant (da Cinematic Orchestra) em soprano; com Tom Chant na edição de 2001 do Festival Atlantic Waves; e com os bateristas Eddie Prévost e Gerry Hemingway no Fonoteca Files.

Em 18 e 19 de Setembro de 2003 apresentaram em Viseu, no Teatro Viriato, o espectáculo "Video Garden" de homenagem ao artista plástico António Palolo.

Em Novembro de 2003 é editado o álbum "Neo Neon" de Jorge Lima Barreto. «Os sons mágicos que brotam dos dedos de Barreto funcionam um pouco como uma máquina do tempo para quem acompanha a carreira dos Telectu desde há 22 anos: neles identificamos paisagens de "Belzebu", "Off Off", "Performance", "Halley", entre vários outros» (Rui Branco, JN).



Refs.,Y.,B.M.,M.P.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Rua da Saudade


“Rua da Saudade” é o nome do projecto e álbum de homenagem ao poeta José Carlos Ary dos Santos, falecido em 1984, e que reúne quatro importantes vozes femininas da música portuguesa: Mafalda Arnauth, Viviane, Susana Félix e Luanda Cozetti.
Autor de centenas de poemas, dos quais mais de seiscentos para canções, Ary dos Santos viu e ouviu as suas palavras serem cantadas por vários intérpretes, como Amália Rodrigues, Simone de Oliveira, José Afonso, Fernando Tordo, Paulo de Carvalho, Carlos do Carmo, entre outros.
Numa selecção de 11 temas do vasto legado de Ary do Santos, no ano em que se assinalam os 25 anos do seu desaparecimento, “Rua da Saudade” apresenta uma nova roupagem de canções singulares, como “Estrela da Tarde”, “Retalhos”, “Cavalo à Solta”, entre outras.
Um projecto que engloba interpretações que tocam as diferentes sonoridades do pop ao fado, passando pelo Jazz e pelos ritmos da bossa nova, cada um deles interpretados e com a marca de uma cada das vozes inconfundíveis de Mafalda Arnauth, Viviane, Susana Félix e Luanda Cozetti.




Refs.,B.,E.L.,Y.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Corvos



Corvos são uma banda pouco comum no panorama da música portuguesa. É constituída por quatro elementos com formação musical clássica mas que tocam temas essencialmente de matriz rock. Trata-se de um quarteto de cordas, que alia o virtuosismo instrumental dos seus elementos e a excelência das composições,arranjos e interpretações intemporais, ao gosto musical ecléctico, passando pelas suas origens clássicas e continuando pelo rock, música popular contemporânea e variadíssimos outros estilos musicais.

O disco de estreia, "Corvos Visitam Xutos", foi editado em 1999 pela editora Nortesul. Nesse disco revisitaram o repertório do grupo Xutos e Pontapés.

O segundo registo fonográfico foi "Post Scriptum", de 2001, aparecem versões de clássicos de nomes como Kurt Weil, The Doors e Nirvana. O primeiro single foi "Futuro que era Brilhante".

Em "Corvos 3" aparecem os primeiros temas originais. O disco editado em 2003 incluía um cd-bónus, com alguns temas cantados.

Com a edição do seu quarto album, "The Jinx", os Corvos contaram com um baterista que faz parte integrante da banda.
Discografia:
Refs.:Y.,E.L.,B.M.

Alma Rasgada


Alma Rasgada trata-se de um projecto que conjuga música e poesia declamada em estilo “Spoken Word”.

Escritos de João Goulart, locutor da Antena-1/Açores declamados pelo próprio num diálogo que junta ainda três músicos nos concertos ao vivo.

Joe Alvernaz na guitarra a alma musical do projecto, Eddy Alvernaz na viola baixo e Pedro Correia na bateria.

Em fase de elaboração do CD, a banda actua ao vivo com uma base musical de improviso e interacção com a declamação. O disco está ser produzido em Lisboa por Joe Alvernaz, havendo já dois temas de demonstração do projecto a circular, “Inferno de Emoções” e “Acredita em ti”.

O disco terá participações de António Manuel Ribeiro dos “UHF”, Zeca Medeiros e Fernando Girão, três vozes incontornáveis da música e da palavra em português.

Alma Rasgada uma forma diferente de abordar a música e a palavra com sentido poético, fazendo chegar a poesia aos mais novos e o Rock aos menos novos abordando amor, desamor, morte, vida, desespero emocional, adição, esperança, sonhos perdidos, sonhos encontrados.

Joe Alvernaz, músico nascido nos Estados Unidos estudou guitarra no Hot Club de Portugal, sendo actualmente professor, executante, compositor e produtor.

Tem de momento alguns trabalhos entre mãos de onde se destaca o novo disco de Fernando Girão.

O concerto da Alma Rasgada inclui uma componente multimédia a cargo de Rui Branco, com imagens e efeitos especiais do próprio, havendo ainda a inclusão de bailarinos e convidados.


“Inverno de Emoções”


Neste Inverno de emoções

Há uma chuva

Que molha

os mais duros corações…


Habito uma ilha

De florestas e vulcões

Onde homens se transformam

Em violentos tubarões…

Refs:J.G.

domingo, 4 de outubro de 2009

Mazgani


Mazgani é um cantautor português de indie rock.

Oriunda de Setúbal, a sua primeira banda de suporte foi constituída no Verão de 2004, quando Shahryar Mazgani (cantor e músico luso-iraniano nascido no Irão, mas residente em Portugal há quase trinta anos convidou Alain Anastácio e João Fernandez para se juntaram e criarem a sua banda. Mais tarde entraram na elenco Rui Luís, Sérgio Mendes, Victor Coimbra, Marco Franco e Pedro Goncalves, este ultimo do grupo Dead Combo.

Em 2005, Mazgani foi considerado pela revista francesa "Les Inrockuptibles" como uma das melhores 20 novos artistas europeias. O seu álbum de estreia Song of the New Heart publicado em 2007, contém 13 temas todos cantados em inglês. Um deles, Somewhere Beneath This Sky, ganhou em 2009 o terceiro premio do International Songwriting Competition de Nashville.

Mazgani editou um novo EP, Tell the People, produzido com Pedro Goncalves dosDead Combo, em 2009.


Refs.:B.M.,Y.,E.L.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Rodrigo Leão


Foi em 1982 co-fundador dos Sétima Legião e em 1985, em conjunto com Pedro Ayres Magalhães e Gabriel Gomes cria os Madredeus.

Suspende temporariamente os Sétima Legião entre 1993 e 1996 devido ao sucesso crescente do seu primeiro álbum a solo e às múltiplas solicitações do seu tempo.

Abandona definitivamente os Madredeus em 1994 para se poder dedicar inteiramente à sua carreira a solo e às obras EP Mysterium, 1995 e o CD Theatrum (1996).

A solo começa a explorar a combinação das suas composições clássicas-modernas com formas de canção e instrumentação mais tradicional, com a presença de Lula Pena ou Adriana Calcanhotto, no CD Alma Mater e correspondente digressão. Entre os eleitos seus convidados constam ainda Sónia Tavares, Nuno Gonçalves dos The Gift e Rui Reininho dos GNR que participou na gravação do seu álbum ao vivo intitulado Pasión. Quer o disco Alma Mater quer o próprio músico receberam dois importantes títulos de reconhecimento público, o de Disco do Ano e o de Artista do Ano.

Em 2004 editou Cinema e foi considerado pelo editor da revista americana Billboard um dos melhores discos editados nesse ano. Neste trabalho participaram Beth Gibbons e Ryuichi Sakamoto.

Lança em 2006 um olhar retrospectivo sobre a sua carreira com O Mundo [1993-2006], acrescentando seis canções inéditas.

Em 2007 compõe a banda sonora original da série documental Portugal, Um Retrato Social dirigida por António Barreto para a RTP. Baseada nos 18 temas do disco surge a digressão nacional Os Portugueses.

2009 compõe o registo A Mãe"vincadamente melancólico" gravado em memória da sua mãe e composto em diversos locais, como Goa ou Nova Iorque.
Stuart A. Staples, vocalista dos Tindersticks, colabora neste trabalho, na faixa" This Light Holds So Many Colours".
Refs.,B.M.,Y.,E.L.

domingo, 20 de setembro de 2009

António Pinho Vargas


António Pinho Vargas (Vila Nova de Gaia, 15 de agosto de 1951) é um pianista e compositor português de jazz e música erudita. É também ensaísta e autor de livros sobre música.

Formou-se em História na Universidade do Porto. Estudou no Conservatório de Roterdão, a partir de 1987 a 1990, formou-se em Composição. Professor de Composição na Escola Superior de Música, em Lisboa, desde 1991. É um dos nomes principais do Jazz em Portugal, com influências da música contemporânea. Têm sete álbuns num estilo único, sendo o primeiro, Outros Lugares'(1983). Ele também escreveu trilhas sonoras de filmes e duas peças de teatro.

Após o seu regresso da Holanda, tem sido sobretudo um compositor clássico. Escreveu três Óperas, e ensemble orquestral várias peças, incluindo obras gravadas pela Arditti String Quartet, o Galliard Ensemble, o escocês Royal Academy Brass, a Northern Sinfonia, entre outros.


Refs.:B.M.,Y.;E.L.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Afonsinhos do Condado



Em 1984, Nuno Faria, Gimba (Eugénio Lopes) e Jorge Galvão formaram os Tiroliro&Vladimir&Mohadir, com a entrada de um contrabaixista passaram a Tiroliro Vladimir Mohadir e Tá No Ir. Nesta fase dedicavam-se a cantar ao vivo em bares do Bairro Alto.
Mudam de nome para Os Afonsinhos do Condado em 1985. Em Março de 1987 é editado um máxi-single com os temas "A Salsa das Amoreiras" (o tema português mais tocado na rádio nesse ano), "O Navio" (com a participação de Rui Veloso) e "Ao Luar". Nesse ano participam no espectáculo "Vamos celebrar Zeca" que decorreu na Aula Magna e onde cantaram "O Que Faz Falta".
O álbum "Açúcar" é editado em Abril de 1988. O disco incluía temas como "Rolar no Chão", "Sambinha para Gorbachev", "Ska da Ilha", "A Bordo do Challenger" e "Noites Quentes".
Em Maio de 1989 lançam o Mini-Lp "No Parque Mayer" com um lado 1 que 'falava da cidade e da noite' (os temas "No Parque Mayer", "Rap do B.A. e "Fumo no Ar") e um lado 2 'que é mais uma coisa de amores' com os temas "Menina Sensa-ção", "Prima Vera" e "Rapariguinha" em que participa Kalú na bateria.
Participam no Festival da Canção de 1990 com o tema "Jújú e a sua Banda".
A compilação "Afonsinhos do Condado", que incluía os inéditos "Música do Sul" e "Querida Guida", é editada em Março de 1990. A compilação engloba todos os temas gravados pelo grupo à excepção de três temas.
Gimba vai para férias em Maio de 1990. Nuno Faria e Jorge Galvão ainda darão vários concertos em 1990 e 1991. Os três voltam a reunir-se para um concerto no Porto e no final resolveram acabar com o grupo.
Dos muitos concertos de Dr. Faria, Sr. Lopes e Mr. Galvão destacam-se a participação no Festival de Nimes (França) e no Chin Internacional Radio Festival (Canadá)
"Açúcar" foi reeditado, em 1998, em versão remasterizada, no âmbito da série "Coração Português" da Polygram.
Em 2001 a Universal (antiga Polygram) lançou a compilação "Leva-me Contigo" com dois temas inéditos, "O Macaquinho Nicolau" e "Mambo Xalima". As duas faixas foram escritas nos anos 80 mas, por razões várias, não tinham sido editadas.
Participaram no disco músicos como Mário Laginha, Ramon Galarza (produtor), Fernando Abrantes (que dois anos depois seria membro dos Kraftwerk durante toda uma digressão), o guitarrista José "Moz" Carrapa, os saxofonistas Jorge Reis e Edgar Caramelo e o percussionista Quim M'Jojo (JPP/Expresso)
"Rapariguinha", cantada e tocada pelos "Toupeiras" (grupo alter-ego dos Afonsinhos) foi a única música que ficou do projecto inicial que seria fazer um mini-lp em forma de um programa de rádio com anúncios e tudo.
Em simultâneo foi lançado um Mini-Lp com o mesmo nome que continha os dois inéditos e os temas "Rap do B.A.", "Rolar No Chão", "Vivi Com a Lua Cheia" e "Sambinha Para Gorbachev".

Refs.,B.M.,Y.,M.P.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Fernando Tordo


Fernando Tordo começou a cantar aos 16 anos, passou pelos Deltons e pelos Sheiks, em 1968, na sua parte final. onde substituiu Carlos Mendes.

Participou no Festival RTP da Canção de 1969 onde interpretou o tema "Cantiga". Nesse mesmo festival conheceu o poeta Ary dos Santos. É um dos vencedores do Prémio Casa da Imprensa como cançonetista e compositor ("pela riqueza harmónica, melódica e rítmica dos trabalhos gravados em disco").

Regressa ao Festival da Canção em 1970, com "Escrevo às Cidades", e em 1971 com "Cavalo à Solta", um dos clássicos da sua carreira e uma das suas primeiras composições com o poeta José Carlos Ary dos Santos, com quem manteve uma produtiva parceria durante os doze anos seguintes.

Em 1971 é editado o disco "Festival de Camaradagem" com Paulo de Carvalho, Fernando Tordo, Duo Orfeu e José Carlos Ary dos Santos.

Regressa ao Festival RTP da Canção, em 1972, com "Dentro da Manhã" da autoria de Yvette Centeno e José Luis Tinoco.

No ano de 1972 é editado o seu primeiro álbum. "Tocata", com arranjos e direcção de Orquestra de Dennis Farnon, inclui os temas "Tocata", "Dentro da Manhã", "Canto No Deserto", "Virgens Que Passsais", "Canto Franciscano", "Cavalo À Solta", "Amor Vivo", "Aconteceu Na Primavera", "Vou Inventar Uma Flor", "Sangue Das Palavras" e "Tocata".

Passa a gravar para a editora Tecla. Vence o Festival RTP da Canção de 1973 com "Tourada".

"Portugal Ressuscitado", de Ary dos Santos e Fernando Tordo, (o célebre "Agora/ o povo unido/ nunca mais será vencido") é gravado logo a seguir ao 25 de Abril.

Vence o Prémio Casa da Imprensa de 1974 por "O Emprego"/"A Língua Portuguesa", com música e interpretação de Fernando Tordo, textos de José Carlos Ary dos Santos, orquestração de Pedro Osório e José Calvário: «O Melhor Disco Simples», pela popularidade e «as canções oriundas de um contexto especificamente português - o teatro de revista ("Uma No Cravo Outra Na Ditadura" do teatro ABC.)

Em 1976 funda juntamente com outros autores, entre os quais Paulo de Carvalho e Carlos Mendes, a primeira editora discográfica independente, "Toma Lá Disco".

Vence novamente o Festival da Canção, em 1977, desta vez com "Portugal no Coração", na interpretação do grupo Os Amigos, com Paulo de Carvalho, Luísa Basto, Ana Bola, Edmundo Silva e Fernanda Piçarra. Editou nesse ano o álbum "Estamos Vivos".

Em 1977 ganha novamente o "Prémio Casa da Imprensa".

Em 1980 lança o disco "Cantigas Cruzadas", o último disco com Ary dos Santos.

O afastamento de Ary dos Santos, marca uma nova etapa na sua carreira, passando também a ser autor dos poemas.

Concorre ao Festival da Canção da Rádio Comercial, realizado em 1981, onde vence com "Conversa Nova". Arrecada ainda os 2º e 4º prémios do certame.

Em 1983 editou o disco "Adeus Tristeza". É distinguido com o prémio para o melhor LP de música ligeira.

Em 1984 participa novamente no Festival RTP da Canção, desta vez com "Canto de Passagem".

Residiu nos Açores entre os anos 1982 e 1986. Em 1984 lança o disco "Anticiclone" com orquestrações de François Rauber (antigo colaborador de Jacques Brel) que volta a colaborar no disco "A Ilha do Canto" de 1986.

Em 1988 foi um dos vencedores do Prémio Figueira da Foz, instituídos no âmbito do Prémio Nacional da Música, destinado a financiar diversos projectos discográficos. O prémio permitiu pagar a edição de "Menino Ary dos Santos", um disco com 9 dos 27 poemas do livro "Asas" escrito por José Carlos Ary dos Santos com 15 anos de idade, numa pequena edição de 1000 exemplares, e que Fernando Tordo só conheceu, no Faial, em 1984.

Fernando Tordo, Carlos Mendes e Paulo de Carvalho, sob a direcção de Pedro Osório, prepararam uma série de quatro espectáculos para serem apresentados no Casino do Estoril. O espectáculo apresentava uma mistura de meia centena de sucessos antigos, temas mais recentes e algumas canções inéditas. O espectáculo foi gravado num duplo álbum que, em 1990, chegou a disco de platina.

Em 1991 volta a contar com a participação de François Rauber.

Cria, escreve e apresenta em 1993 na SIC o programa “Falas tu ou falo eu”. No ano seguinte grava o CD “Só Ficou o Amor Por Ti”, nos famosos estúdios de Abbey Road (Londres).

Em 1995 lança o disco "Lisboa de Feira", tamcém gravado em Londres.

Entre Maio e Junho de 1997 grava, em Barcelona, o disco "Peninsular" com direcção e arranjos do pianista Josep Mas "Kitflus".

Produz e apresenta durante 27 dias consecutivos, no Teatro Nacional D. Maria II, o espectáculo "O calendário". O disco "Calendário" é distribuido com o Diário de Notícias. Cada mês do calendário é acompanhado por pinturas de José Manuel Castanheira.

Venceu o Prémio Casa da Imprensa em 1997.

Em 1999 apresenta o programa "Clube Tordo" na CNL. Desloca-se a Timor-Leste em Novembro de 1999 com Jorge Palma e Rui Pinto de Almeida. Desta parceria, resultou uma série documental de três episódios, intitulada "Timor-Leste, a Paz e a Língua Portuguesa". Foi exibida no CNL e posteriormente na RTPi.

A convite do Instituto Camões, o artista apresentou este trabalho em Timor, em 2002, acompanhado pelo maestro João Balula Cid e seus músicos, com quem trabalha desde 2000.

Em Março de 2002 é editado "E No Entanto Ela Move-se", gravado em Barcelona, que inclui temas dedicados aos filmes "Cinema Paraiso" e "O carteiro de Pablo Neruda" e ainda homenagens a George Harrison ("Preciso De Ti") e ao povo de Timor-Leste ("O Timorense"). O disco teve distribuição da editora Universal. As letras datam quase todas do ano 2000 (com excepção de «O Timorense», escrita em Timor em dezembro de 1999). As músicas foram todas compostas em 2001, entre Janeiro e Novembro.

O seu livro "Fantásticas, Fingidas e Mentirosas", cujo título é retirado de uma estrofe d’Os Lusíadas, é editado em Novembro de 2003. O seu primeiro romance foi editado pela editora Sporpress.

"Tributo a los laureados Nobel", um disco em que música alguns dos poemas dos escritores laureados com o máximo galardão das artes e ciências, é editado em 2006 pela Factoria Autor.

Em 2008 lança o livro "Se Não Souberes Copia" e realiza uma digressão nacional com a Stardust Orchestra.

Refs.;y.,B.m.,E.L.

sábado, 5 de setembro de 2009

The Vicious Five


Projecto de Lisboa ,formado por cinco elementos (como o proprio nome indica),têm um som Rock com laivos Punk e vice-versa.
Formação da Banda: vocalista Joaquim Albergaria, os guitarristas Bruno Cardoso e Edgar Leito, o baixista Rui Mata e o baterista Paulo Segadães. Os Vicious Five apresentam um estilo bastante próprio, e só vêm a demonstrar que há bandas em Portugal que conseguem ser criativas, e inovadoras no que diz respeito a composição musical.
Refs.,B.M.,Y.,LF.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Jorge Palma


Aos seis anos, e ao mesmo tempo que aprendia a ler e a escrever, iniciou os seus estudos de piano. Foi no Conservatório Nacional a sua primeira audição, aos oito anos, numa altura em que era aluno de Maria Fernanda Chichorro. Venceu o segundo prémio do Concurso Internacional de Piano, integrado no Festival das Juventudes Musicais, em Palma de Maiorca, em 1963, com uma menção honrosa do Júri. Nos seus estudos cruzou-se com o Liceu Camões e um Colégio Interno, nas Mouriscas, perto de Abrantes. Durante a adolescência e a par da formação erudita, começa a interessar-se pelo rock’n’roll, e, de um modo geral, pela música popular americana e inglesa. É por esta altura que descobre a guitarra. Bob Dylan, Led Zeppelin e Lou Reed são algumas das suas influências.

Em 1967, no Algarve, integra o grupo Black Boys, tocando órgão. Esta primeira experiência profissional, na companhia de músicos de Santarém, durou cerca de seis meses e foi interrompida por uma aparição “oportuna” do seu pai, num dos bares em que o grupo tocava, num momento em que a experiência já se estava a esgotar, culminando no regresso a Lisboa e no regresso aos estudos secundários em Lisboa.

De 1969 a 1971, enquanto estuda Engenharia na Faculdade de Ciências de Lisboa (numa altura em que “o geral podia-se fazer ou no Técnico ou na Faculdade de Ciências”), integra o grupo pop-rock Sindicato, como teclista e cantor. Do grupo faziam parte Rão Kyao, Vítor Mamede, João Maló, Rui Cardoso e Ricardo Levi. Para além dos covers de bandas de rock americanas e inglesas (Led Zeppelin, Stephen Stills, Chicago, Blood Sweat and Tears, entre outros), o grupo compôs originais, em língua inglesa. A entrada de uma secção de metais encaminha-os para uma estética de fusão entre o Jazz e o Rock. Em 1971, gravaram o single "Smile", que tinha no lado B "SINDIblues Swede CATO'S Shoes", uma versão do standard de rock’n’roll "Blue Suede Shoes", de Carl Perkins. No mesmo ano, deram o seu último concerto na primeira edição do Festival Vilar de Mouros.


A estreia a solo de Jorge Palma acontece com o single The Nine Billion Names of God (1972), título de um conto de Arthur C. Clarke e inspirado também no livro "O Despertar dos Mágicos", de Louis Pauwels e Jacques Bergier. Por esta altura, inicia uma colaboração com José Carlos Ary dos Santos, que o ajuda a aperfeiçoar a escrita poética, e com quem estabelece uma relação aluno-mestre. “O ano de 1972, 1973, até ao Verão, até Setembro, esse ano e meio foi de convívio intenso com o Ary, sobretudo. Quase todas as noites estávamos juntos”. Deste contacto resulta o EP A Última Canção (1973), com quatro composições de Jorge Palma, duas delas com letras de Ary dos Santos.

Ainda em 1972, realiza uma viagem transcontinental passando pelos Estados Unidos, Canadá e Caraíbas. Neste mesmo ano abandona os estudos de Engenharia.

Em Setembro de 1973, recusando cumprir o serviço militar obrigatório, e, consequentemente, embarcar numa guerra para o Ultramar, parte para a Dinamarca, com Gisela Branco, sua primeira mulher, onde lhe foi concedido asilo político. Como afirma na entrevista a Cristiano Pereira do Jornal de Notícias de 22 de Setembro de 2002:

Com licença, meus amigos, mas para a guerra não vou.

Na Dinamarca trabalhou como empregado num hotel. Em simultâneo, compunha e escrevia letras, participando, por vezes, em programas de rádio onde apresentou composições suas e de outros intérpretes da Música Popular Portuguesa (MPP).

Regressou a Portugal após o 25 de Abril de 1974, iniciando uma carreira como orquestrador, entre 1974 e 1977, na indústria discográfica. Fez arranjos para fonogramas de Pedro Barroso, Paco Bandeira, Francisco Naia, Rui de Mascarenhas, Tonicha, João Vaz Lopes, Valério Silva, Adelaide Ferreira e dos agrupamentos Intróito e Maranata. Participou como instrumentista em gravações de José Barata Moura e José Jorge Letria, entre outros.

Em 1975, concorreu ao Festival RTP da Canção com "O Pecado Capital", uma composição sua em co-autoria com Pedro Osório, defendida em dueto com Fernando Girão, e "Viagem", uma composição de Nuno Nazareth Fernandes com letra sua. Ficaram classificadas em 7º e 8º lugares, respectivamente, num total de dez canções concorrentes.

Nesse ano gravou o seu primeiro LP,Com uma Viagem na Palma da Mão, para a Valentim de Carvalho, com canções compostas durante o exílio político em Copenhaga.

Depois da gravação do seu segundo trabalho discográfico - 'Té Já (1977)- e de uma digressão ao Brasil como músico de Paco Bandeira, partiu em viagem, cantando e tocando guitarra nas ruas de várias cidades espanholas (1977) e francesas (1978-1981), nomeadamente Paris, interpretando repertório de compositores de música popular americana, como Bob Dylan, Crosby, Stills and Nash, Leonard Cohen, Neil Young, Simon & Garfunkel, entre outros.

Em 1979, vive alguns meses em Portugal, morando no Ninho das Águias, junto ao Castelo de S. Jorge, em Lisboa. Grava "Qualquer Coisa Pá Música", o seu terceiro álbum de originais, com membros do grupo acústico O Bando, seguindo-se uma série de actuações a solo e com o referido grupo.

No início da década de 1980, regressou a Paris, com a sua segunda mulher, Graça Lami, voltando a Portugal em 1982 para gravar o álbum duplo Acto Contínuo, com gravação prevista ao vivo, mas que acabou por ser gravado em estúdio e num curto espaço de tempo.

Vicente, o seu primeiro filho, nasce em 1983 e a ele dedica a música "Castor", do seu quinto álbum de originais - Asas e Penas (1984). De resto, ela é nele “inspirada”, a julgar pelo que consta na capa do registo sonoro, e só não é verdadeiramente instrumental pela sua participação/intervenção. Na sequência deste disco realiza diversos concertos em Portugal, França e Itália.

O ano seguinte é marcado pelo lançamento do seu sexto álbum de originais e um dos mais aclamados da sua carreira, O Lado Errado da Noite. O single "Deixa-me Rir" é dele extraído e teve um enorme sucesso, sendo, ainda hoje, uma das músicas que funciona como uma espécie de imagem de marca e uma das mais requisitadas pelos fãs nos concertos. Por este álbum recebe o “Sete de Ouro”, o “Troféu Nova Gente”, que é definido, por alguns críticos, como “o lado certo de Jorge Palma” ou “Palma de Ouro”, e realiza uma longa tournée por Portugal e Ilhas, sendo a sua primeira grande apresentação em Lisboa no espaço da Aula Magna da Universidade de Lisboa, ainda que tenha participado num concerto anterior, no mesmo local, organizado por estudantes. “Mas foi uma primeira Aula Magna, organizada por estudantes e não teve muita gente.”

Em 1986, concluiu o Curso Geral de Piano no Conservatório Nacional e gravou o seu sétimo álbum de originais – "Quarto Minguante", marcado por problemas entre JP e editora.

Os anos seguintes foram marcados pela frequência do antigo Curso Superior de Piano do Conservatório Nacional, onde foi aluno da compositora Maria de Lourdes Martins

Em 1989, edita Bairro do Amor, considerado pelos jornais Público e Diário de Notícias como um dos álbuns do século da música portuguesa. Este trabalho marca a saída de JP da editora EMI- Valentim de Carvalho, que recusou a edição deste álbum, e a passagem para a PolyGram.

Compondo, escrevendo letras, fazendo arranjos e desempenhando a direcção musical nas gravações dos seus fonogramas, foi acompanhado por músicos com experiência em diversos domínios musicais, como o pop-rock, a MPP, a música improvisada, a música erudita e o jazz, dos quais se salientam Carlos Bechegas, Carlos Zíngaro, Edgar Caramelo, Guilherme Inês, Jorge Reis, Júlio Pereira, Rui Veloso, Zé Nabo, José Moz Carrapa, Zé da Ponte e Kalu, entre outros.

Durante a década de 1990 suspendeu a gravação de composições originais para se dedicar à reinterpretação da sua obra, participando regularmente noutros agrupamentos, realizando gravações para intérpretes próximos de si, compondo música para teatro, bem como preconizando inúmeros concertos pelo país, que se traduziram num amento significativo da sua popularidade, sobretudo junto do público mais jovem.

Em 1991, foi editado , um álbum intimista, no qual JP revisita temas antigos, a solo e ao piano, e que foi gravado “sem rede”, isto é, voz e piano em simultâneo. Este trabalho foi premiado com um “Sete de Ouro” e o Diário de Notícias considerou-o, uma vez mais, um dos álbuns do século XX.

O álbum Ao Vivo no Johnny Guitar, de 1993, surge na sequência da formação do grupo Palma’s Gang, que reuniu os músicos Kalu e Zé Pedro (Xutos e Pontapés) e Flak e Alex Rádio Macau, e que realizou alguns concertos pelo país. Esta é uma segunda revisita à sua obra, mas desta vez num formato eléctrico, já que se tratava de um projecto rock. Participa, também, no álbum Sopa, dos Censurados, assinando a letra e emprestando a voz a "Estou Agarrado a Ti".

O ano seguinte fica marcado por vários concertos, quer a solo, quer com o Palma's Gang, destacando-se os concertos do S. Luís, a 4 e 5 de Novembro, que viriam, mais tarde, a ser transmitidos pela RTP.

Durante o ano de 1995 continua a realizar concertos por todo o país, passando também pelo Casino Estoril, num formato solo, e com produção musical de Pedro Osório. Integrou, como pianista convidado, o Unplugged dos Xutos e Pontapés, na Antena 3, e foi letrista, compositor e músico em Espanta Espíritos, um álbum em que participaram vários nomes da MPP e que foi produzido por Manuel Faria, um ex-Trovante. Ainda neste ano, nasce o seu segundo filho- Francisco.

Integrou o agrupamento Rio Grande, em 1996, formado por Tim (Xutos & Pontapés), João Gil Ala dos Namorados, Rui Veloso e Vitorino, que alcançou uma considerável popularidade, gravando dois CD’s (1996 e 1998). Nesse mesmo ano, musicou poemas de Regina Guimarães, integrados na peça de Bertolt Brecht "Lux in Tenebris" - levada à cena pela companhia de teatro de Braga - e colaborou com Sérgio Godinho, João Peste, Rui Reininho e Al Berto no espectáculo "Filhos de Rimbaud", apresentado no Coliseu dos Recreios de Lisboa. Foi director musical do espectáculo teatral "Aos que Nasceram Depois de Nós", baseado em textos de Bertolt Brecht, com música de Kurt Weill, Hans Eisler, do próprio dramaturgo e com uma composição de JP ("Do Pobre B.B."). Participa, também, no álbum Encontros - Canções de João Lóio, daquele ex-membro do GAC-Vozes na Luta, e vê ser recriado "Frágil" (de Bairro do Amor, 1989) por André Sardet, no seu álbum de estreia, Imagens. É, ainda, em 1996, que a EMI-Valentim de Carvalho lança a compilação Deixa-me Rir, integrada na colecção Caravela, contendo músicas dos álbuns "Asas e Penas", "O Lado Errado da Noite" e "Quarto Minguante".

No ano seguinte, para além dos habituais concertos, participa nalguns trabalhos, como em Todo Este Céu, de Né Ladeiras, uma revisita a temas de Fausto Bordalo Dias, e Voz e Guitarra, uma produção de Manuel Pedro Felgueiras (Ala dos Namorados), com a participação de inúmeros artistas, que escolheram e recriaram temas apenas com voz e guitarra. Sai também o segundo álbum dos Rio Grande - Dia de Concerto - ao vivo no Coliseu dos Recreios. Nele se estreia o original de Jorge Palma "Quem És Tu de Novo?", mais tarde incluído em Jorge Palma (2001).

Os anos finais da década de 1990 são marcados por muitos concertos e trabalhos. Destacam-se os concertos das queimas das fitas, “Festival Outono em Lisboa”, vários durante a Expo, em nome próprio, em solidariedade para com a Guiné Bissau e como convidado do espectáculo "As Vozes Búlgaras", de Amélia Muge. Participou, também, no álbum de tributo aos Xutos e Pontapés – XX Anos XX Bandas - recriando "Nesta Cidade", acompanhado pela guitarra de Flak, e no álbum Tatuagem, de Mafalda Veiga, no dueto "Tatuagens", que veio a ser single do disco. Visitou também Timor Leste na companhia de Fernando Tordo.

Em 2000, continua a realizar concertos por todo o país. A Universal lança a colectânea Dá-me Lume, que reúne canções dos álbuns Bairro do Amor e , e que se assume como um êxito comercial (mais de trinta mil cópias vendidas), mantendo-se no top nacional de vendas durante várias semanas. O enorme sucesso deste álbum levou a que o lançamento do novo álbum de originais, entretanto gravado, fosse sendo sucessivamente adiado, acabando por ver a luz do dia já em 2001. Ainda em 2000, JP participa no álbum de tributo a Rui Veloso, juntamente com Flak, interpretando "Afurada", para além de ter emprestado a sua voz a "Laura", canção pertencente à banda sonora do tele-filme da SIC, "A Noiva", que trata o tema da Guerra Colonial, precisamente aquela de que fugira vinte e sete anos antes.

Em 2001, sai, então, o álbum Jorge Palma, muito bem recebido pela crítica e ainda mais pelo público, ávido de novas músicas, mais de doze anos decorridos sobre o lançamento do seu último disco de originais. Logo na primeira semana, o disco chegou ao terceiro lugar do top nacional e foi disco de prata. Dois meses antes, fora reeditado Acto Contínuo, cuja versão não existia, ainda, em formato CD. Nesse ano abriu o terceiro dia do Festival Sudoeste e tocou nos Coliseus de Lisboa e Porto, em Novembro, entre outros concertos. Escreveu um tema para Mau Feitio, um álbum de Paulo Gonzo, deu a voz a "Diz-me Tudo", música de abertura da telenovela portuguesa da SIC “Ganância” e emprestou o piano a "Fome (Nesse Sempre)", tema de estreia dos Toranja.

Em 2002, recebeu o prémio José Afonso pelo seu disco Jorge Palma e foi nomeado para os Globos de Ouro, promovidos pela SIC, nas categorias de melhor intérprete individual e de melhor música ("Dormia Tão Sossegada"). Deu três concertos em Junho, no Teatro Villaret, acompanhado pelo seu filho Vicente, que foram editados num CD duplo, lançado em Setembro, com o título No Tempo dos Assassinos - Teatro Villaret - Junho de 2002. Contém trinta e três temas da sua vasta obra.

Ainda em 2002, os Cabeças no Ar - na prática, os Rio Grande sem Vitorino - lançam um disco e Qualquer Coisa Pá Música é reeditado.

Em 2003 e 2004, a agenda preenchida mantém-se, com inúmeros concertos pelo país, incluindo participações em concertos de Sérgio Godinho. Prepara, no entanto, um trabalho gravado em sua própria casa em que alia a sua interpretação ao piano à voz de Ilda Fèteira, numa incursão pela poesia portuguesa contemporânea. Esta "obra de culto" foi editada a expensas próprias e apresentada na Associação 25 de Abril.

Em Agosto de 2004 gravou, no Porto, o álbum "Norte" que contou com participações especiais de muitos músicos portugueses com quem ainda não tinha trabalhado até então.

Lançou em 2007 o disco Voo Nocturno.

Em 27 de Novembro de 2008 casou-se com Rita Tomé, a sua namorada de longa data, em Las Vegas ao som de «Encosta-te A Mim». É editado o disco "Voo Nocturno ao Vivo".


Refs.:B.M.,Y.,E.L.